quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A mosca a me assombrar

Era um dia de semana qualquer. Uma noite qualquer. Estava conversando com meu pai, enquanto seguia para o meu quarto. Queria tomar um banho e dormir como pedra. Joguei minhas coisas, tirei a roupa e fui pro banho. Tomo meu banho e vou me enxugar. Eis que ouço um “Bzzz” e não era uma vuvuzela, nem curto circuito. Era uma mosca. E é ai que começa a piada.

Primeiramente vou começar, nomeando a mosca de...... De...... Problema.

Óbvio que moscas são moscas e problemas são problemas. Os problemas não voam, mas assim como a mosca, ele pode ir embora. Evidentemente você também possui a escolha de acabar com o problema a mosca dando lhe uma chinelada. Matando a mosca de vez. Se preferir meios mais pacíficos, basta abrir uma janela e forçar a sua saída, coisa que infelizmente não da pra fazer com um problema.
Muito bem... Lá estava meu futuro encosto. Voou para o teto perto chuveiro. Eu não sabia a quanto tempo estava lá, nem sabia se tinha aparecido agora. Mas o problema a mosca tava lá, quietinha. Ela se mexeu um pouco mas ficou na dela. Eu particularmente não gosto de moscas. Não que seja algo de grande relevância ou que me cause frescurite. Eu não gosto. No entanto vivo bem com elas passando por aqui e acolá. Contudo informo que esta não era apenas uma mosca. Era varejeira. E as varejeiras são grandes, estranhas, pesadas e botam ovos na sua pele que te fodem. Além de tudo são barulhentas. E porra! Barulhenta pra caralho!
Eu resolvi ignorar e ir dormir. Mas de nada adiantou pois acordo no meio de noite, sabe se lá porque, e ouço a mosca batendo em todo o banheiro. E como o silêncio da madrugada transforma um estalo da casa em passos, não demorou muito para que ficasse irritado. Eu fico meio puto quando acordo no meio da noite sem sono. Pois bem, o bixo maldito fazia Bzzzzz, Pav, Bzzzzzzzzzzz, Pac, Bzz, Pac, Pac. Segundos depois “BzzzzzzzPacBzzzPac”. Assumi que uma maldição me atingia e tentei voltar a dormir. Consegui. Ótimo!
Bom dia sol, bom dia neblina (?), bomdia bairro, bom dia pança, hora do abdominal matinal. Vou tomar banho. “BZZZZZZZZ – PAC”.

................Oi mosca..............

*Silêncio*

Lembrei que esses seres não tem muito tempo de vida. Acho até que vi em algum lugar por ai, que elas vivem uma média de 24 horas. Mas cacete! Quanto tempo você ainda tem de vida? Ignorei depois da minha tentativa frustrada de tirar a vida da criatura. A maldita ficava "correndo" pelo teto. Tudo bem, jogo uma água em cima dela e ai ela cai e posso por um fim nesse besteirol todo. Entretanto a água não acertou o alvo mas sim bateu no teto e voltou na minha cara. A mosca pousou noutra parte qualquer do teto. Devia rir que nem besta da minha cara. Acabei ganhando uma goteira gelada durante o banho. Me arrumei, fechei a porta do banheiro, abri a janela e fui trabalhar.
Mais um dia e mais uma vez quero dormir tranqüilo. Vou direto pro chuveiro e abro a porta eeeeeeee a maldita esta lá. No teto. Sem pestanejar peguei meu chinelo subi na privada e bati com força. Pláá! Fez eco. Tiro o chinelo e vejo o que ela ficou quase intacta. Esmagada e com uma sujeira aqui e ali, mas “intacta”. Olhei o chinelo limpo, tomei banho. E de minuto em minuto meu olho automaticamente virava pra um ponto preto no teto branco. Fui dormir.
E assim se seguiu por uns dois dias. Eu ia ao banheiro e sempre tinha as atenções voltadas pro teto. Poha. Eu bati no problema e ele ainda estava ali. Ela me olhava, mesmo morta, ainda me monitorava. Queria minha alma. Tenho certeza. Fui dormir e dormi bem. No outro dia acordei e o bixo me olhando. Finalmente, tomando a coragem dos deuses, peguei um papel e fui limpar. Passei o papel e estava seca. Seca como.... A seca. Fixou-se no teto como cimento. Praticamente um adorno. “Sai bixo maldito!” Limpei com força e raspei com o papel. Ai saiu... Olhei o papel... Joguei no lixo e fiquei bem.

Olhei pro teto e ainda tinha a mancha das tripas.

“Ahhhh meu!”

Fui dormir.

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